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Comemoração de 4 anos sem carne: motivos e percurso.

Desde criança tenho um contato muito direto com animais, cresci rodeada por eles, na casa dos meus avós tinha cachorro, papagaio, periquito.. e eu também tinha um porquinho da índia. Enfim, eu sempre fui extremamente ligada a eles (não achei uma foto).


Eu lembro de ser muito nova quando entendi que a carne do meu prato vinha dos animaizinhos, desde então nunca quis comer, nunca entendi porque comíamos alguns sendo que amávamos tanto outros.


Como na época minha família não possuía muitas informações sobre veganismo, eles me faziam comer carne mesmo assim. Mas só conseguiram me convencer a comer algumas, por exemplo, eu nunca comi peixe. E só comia presunto porque não sabia que vinha de porquinhos. Minha avó (que ajudou a me criar) também sempre teve dó de comer animais, então eu só comia o que ela comia. Comíamos 5 tipos de corte e olhe lá. E como você pode ver pela foto, esse era o tanto que eu comia, só para dizer que comia mesmo.


Gosto de lembrar até hoje da história que meu pai inventou para me fazer comer fígado: ele falou que era o tronco da árvore de figo. Já contei essa história aqui algumas vezes e como só fui descobrir o que era fígado de verdade quando estava com 11 anos.
Na minha adolescência eu tive anemia. Eu não gostava de comer quase nada, não gostava de vegetais, legumes… Por mim eu comeria só macarrão e batata frita. Mas a visão da necessidade de me fazer comer carne ganhou ainda mais força durante esse período.
Os anos foram se passando e eu adquiri o costume de comer vendo televisão (costume que carrego até hoje) para não prestar atenção no que estava em meu prato, porque toda vez que eu lembrava que aquilo ali era um animal eu começava a chorar.


Lembro-me que quando estava com 16 anos decidi parar de comer carne vermelha. Só comia aos finais de semana e quando comia. Comecei a frequentar uma nutricionista, então minha família aceitou um pouco mais minha decisão. Entretanto, o frango ainda era obrigatório.


E o frango sempre foi o mais incoerente para mim. Quando eu estava com 10 anos minha mãe me deu uma calopsita de presente, a Maria Chokita, e desde então ela é meu amorzinho. Era bizarro ver o corpo do frango que estava em meu prato e perceber a semelhança anatômica que tinha com a Tita.


Meu pai sempre me disse que não me obrigaria a fazer mais nada quando eu completasse 18 anos, que eu poderia até mesmo pintar o cabelo (coisa que ele nunca deixou). E então, passados 3 meses do meu aniversário de 18 anos, eu decidi finalmente parar de comer frango.
Lembro o dia exato. A Tita estava em meu ombro enquanto eu almoçava. Quando eu absorvi que o que estava em meu prato era tanto uma ave quanto o que estava em meu ombro, tomei a decisão final.


Eu não vou mentir para vocês e dizer que foi fácil, pois não foi. Apesar de nunca ter gostado de comer carne, nos primeiros 6 meses parecia que todas as carnes haviam ficado mais saborosas. Eu sonhava que estava comendo carne para vocês terem ideia.
Durante os primeiros 6 meses eu não sabia muito bem como substituir a carne no meu cardápio, apesar de nunca ter comido muito, a visão tradicional nos fez acreditar por muito tempo que sem a carne nós morreríamos.


Passados os 6 primeiros meses, com muita luta e força de vontade (e muita ajuda de meu namorado da época, que inclusive sempre agradeço), voltei a nutricionista para anunciar minha mudança oficial.
E depois dessa ida até a nutricionista, minha vida mudou. Comecei a me alimentar certinho, meu humor melhorou, minha saúde melhorou, nunca mais tive anemia, me senti mais leve e muito mais feliz.


Então resumindo muito tudo o que falei até aqui: eu sempre quis parar, mas mesmo quando enfim pude parar, foi difícil. Só ficou fácil depois que comecei a ter um acompanhamento profissional. E o que me fez manter na minha decisão sempre foi meu amor incondicional aos animais.


  • As minhas dicas principais para você que quer parar e não sabe como são:
  • comece aos poucos;
  • lembre sempre do seu motivo;
  • faça acompanhamento com um profissional.

Espero ter ajudado de alguma forma! Qualquer dúvida sintam-se a vontade para me mandar mensagem.

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ESCRITO POR
Luiza Helena
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