Bolo de aniversário do Harry Potter
Hoje, 31 de julho, Harry Potter completa mais 1 ano de vida. E em comemoração, decidi trazer para vocês a versão vegana do bolo que o Hagrid dá de presente a ele em seu aniversário de 11 aninhos.
Antes de começar, quero enfatizar que eu sou uma fã do universo Harry Potter e por isso decidi fazer esta homenagem, não é meu objetivo aqui mostrar apoio às recentes declarações da autora.
Sempre vi muitas receitas saindo dos livros, filmes e séries e vindo para a vida real, porém, poucas vezes vêm em versões veganas, sendo assim, decidi que quero unir meu amor pelo mundo geek com meu amor pela culinária vegana. E para começar, escolhi o bolo do Harry, vamos ver o que acontece?
Passarei a receita da massa do bolo, do recheio e da cobertura.
Recheio
INGREDIENTES
- 150 ml suco de morango;
- 1/2 xícara amido de milho;
- 150 ml de leite condensado vegano (tem receita no igtv do meu instagram);
- 200 ml de leite de coco (aconselho o de garrafinha por ser bem condensado);
- 50 ml de suco concentrado de beterraba (usaremos também para a cobertura);
- 200 ml de creme de leite vegano (tem receita no igtv do meu instagram).
MODO DE PREPARO
Antes de levar ao fogo, dissolva o amido de milho no suco de morango, quando estiver bem dissolvido, leve ao fogo baixo e vá acrescentando os ingredientes, exceto o creme de leite, enquanto mexe. Mexa bem até começar a ficar consistente, o que deve levar cerca de 5 minutos. Quando começar a ficar consistente, acrescente o creme de leite e continue mexendo, a textura ideal é a que mostro no vídeo.
Deixe esfriando enquanto faz as outras partes da receita, quando estiver frio ficará ainda mais consistente.
Massa do bolo
INGREDIENTES
- 2 xícaras de farinha de trigo;
- 1 xícara de açúcar;
- 1 pitada de sal;
- 1 colher de café de bicarbonato de sódio;
- 1 colher de sopa de azeite;
- 1 colher de sopa de vinagre;
- 1 colher de sobremesa de essência de baunilha;
- 1 xícara de leite vegetal;
- 1 colher de sobremesa de fermento em pó.
MODO DE PREPARO
Para essa receita, aconselho fazer 2 receitas desta, não o dobro, mas duas receitas separadas.
Em uma vasilha misture os ingredientes secos (farinha de trigo, açúcar, sal e bicarbonato) exceto o fermento, feito isso, acrescente os demais ingredientes, mexa bem e por último adicione o fermento, mexa novamente.
Transfira a mistura feita para uma assadeira untada e leve ao forno pré-aquecido na temperatura média e deixe por 30 minutos.
Prontinho!
Cobertura: Chantilly vegano
INGREDIENTES
- 1 beterraba média (a que usei pesava 160g);
- 60 ml de água;
- 100 ml de leite vegetal gelado;
- 1 1/2 xícara de açúcar de confeiteiro;
- 1 colher de sopa de emulsificante;
- 50 ml de suco de beterraba concentrado;
- Algumas gotinhas de corante liquido verde.
MODO DE PREPARO
Primeiramente, faça o suco concentrado de beterraba, a beterraba que usei pesava 160g, então usei apenas 60ml de água. Para fazer o suco, descasque a beterraba e corte em cubinhos, em seguida bata com a água no liquidificador. Coe e separe o resíduo, você pode usá-lo para fazer outras receitas, como o nhoque cor de rosa por exemplo, mas nesta receita usaremos apenas o líquido. Reserve o líquido (com os ingredientes que usei rendeu 75ml de suco).
Em uma vasilha, bata com uma batedeira o leite gelado, o açúcar de confeiteiro até obter a textura desejada, para isso, bata na velocidade máxima por cerca de 5 minutos. Feito isso, separe uma pequena porção para tingir com o corante verde, a maior parte do chantilly será rosa.
Aos poucos vá acrescentando o suco de beterraba e batendo para não perder a consistência. Faça o mesmo com o corante verde e reserve.
Agora é a parte de montar e para isso, confira no vídeo abaixo:
Por que usei o suco de beterraba para tingir ao invés do corante alimentício rosa?
Um dos corantes vermelhos mais usados nas comidas é o carmim, e ele é feito de insetos esmagados. Os bichinhos usados para fazer esse corante são chamados cochonilhas e são nativos da América Latina, onde vivem em cactos.
O carmim é usado na indústria global de alimentos, sendo adicionado a inúmeros produtos, desde iogurtes e sorvetes a tortas de frutas, refrigerantes, biscoitos e donuts. Também é bastante usado na indústria de cosméticos e é encontrado em muitos batons.
Se você procurar pela palavra “carmim” em um produto alimentício que o contém, é provável que você não consiga encontrá-la na lista de ingredientes.
Em vez disso, o que pode estar escrito é “vermelho 4“, “vermelho 3“, “cochineal“, “corante natural de cochonilha“, “corante C.I“, “corante E120“. “INS 120“, “corante natural ácido carmínico“, “CI 75470“.
Existem diversas alternativas ao carmim, outros corantes alimentícios naturais incluem extratos de frutas vermelhas e de beterraba por exemplo. A betanina, o corante alimentar obtido de beterrabas, degrada quando exposta à luz, calor e oxigênio. Por isso, é normalmente utilizado apenas em alimentos com vida útil curta ou congelados.
Para encontrar nas embalagens dos produtos procure por: “vermelho 40“, “vermelho allura“, “INS 129“, este composto é sintético, sintetizado quimicamente, sem nenhum componente de origem animal em sua fórmula, sendo pelo menos 87% de sua composição caracterizada por pigmentos.
Como aqui na minha cidade só encontrei corantes rosa oriundo da pigmentação vermelha de origem animal, optei por fazer o meu próprio corante natural, e após muitos testes, conclui que o melhor pigmentador é o suco de beterraba. E não, não fica com gosto de beterraba.
O uso de carmim é antiético e cruel, é injusto que milhões de seres vivos sejam mortos para uma finalidade fútil, para se ter ideia, para conseguir cerca de meio quilo do corante são necessários cerca de setenta mil insetos.
E se não consumimos mel por considerarmos antiético com as abelhas, por que então acharíamos aceitável a exploração dos cochonilhas?
Uma resposta
Você tem um fabuloso blog de graças. Eolande Demetrius Ferrand